quarta-feira, 1 de abril de 2009

Arqueólogos iraquianos trazem à tona tesouros da Babilônia.


O Museu de Bagdá, que receberá os 4.000 artefatos recém-descobertos.




Por Khalid al-Ansary
Em Bagdá


Arqueólogos iraquianos descobriram 4.000 artefatos, em sua maioria da antiguidade babilônia, incluindo carimbos reais, talismãs e tabuletas de argila marcadas em escrita cuneiforme sumeriana, a mais antiga forma conhecida de escrita.

O Ministério do Turismo e das Antiguidades anunciou na quarta-feira que os tesouros foram encontrados após dois anos de escavações em 20 lugares diferentes nas regiões entre os rios Tigre e Eufrates, a terra descrita pelos gregos da antiguidade como Mesopotâmia.

Além de artefatos babilônios, foram encontrados artefatos do império persa da antiguidade e outros de cidades islâmicas medievais, mais recentes.

"Os resultados destas escavações indicam que as antiguidades iraquianas não vão se esgotar no futuro próximo", disse um porta-voz do Ministério do Turismo e das Antiguidades, Abdul-Zahra al Telagani.

"Eles também nos incentivam a continuar o trabalho de reabilitação de nossos sítios antigos, para convertê-los em atrações turísticas."

Os artefatos serão transferidos para o Museu Nacional em Bagdá, que precisa ser reabastecido desde que saqueadores roubaram dele aproximadamente 15 mil artefatos após a invasão de 2003 liderada pelos EUA. Desde então, cerca de 6.000 dos itens roubados foram devolvidos.

Situado no coração de uma região descrita pelos historiadores como berço da civilização, o Iraque espera que a redução da violência para níveis não vistos desde o final de 2003 incentive turistas a visitar seus sítios antigos.

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