domingo, 26 de junho de 2011

Localizados objetos de naufrágio de fins do século XVI














Objetos submersos pertenceram a uma nau espanhola que naufragou no século XVI


Pesquisadores resgataram do mar em Florianópolis na tarde desta quinta-feira objetos submersos que pertenceram a uma nau espanhola que naufragou no século XVI. É o naufrágio de embarcações européias mais antigo já registrado nas Américas.

As peças - incluindo pedras, armas e um canhão - foram localizadas na região que compreende a baía sul da capital catarinense. Segundo os levantamentos realizados pelo projeto Barra Sul, que vasculha a região desde 2005, trata-se de um naufrágio da Nau Provedora, que ocorreu em 1583.

Os pesquisadores localizaram uma pedra triangular com inscrições em latim onde o rei espanhol é citado. Outra pedra, quadrada, traz esculpido em alto relevo o escudo das armas da Espanha. Cada uma delas pesa cerca de 800 kg. Além das pedras, foi encontrado um canhão de 3,2 metros de cumprimento, totalmente esculpido em bronze e datado de 1565.

A embarcação naufraga em Florianópolis, segundo os pesquisadores, fazia parte de uma expedição com 13 naus que seguia para o extremo sul do continente. "As cartas analisadas mostram que essa embarcação levava armas e materiais para a construção de uma fortaleza no Estreito de Magalhães", disse Gabriel Corrêa, diretor do projeto Barra Sul.

No final da tarde desta quinta-feira, a pedra que traz os escudos espanhóis foi retirada do mar com um guincho e em seguida transportada para um iate clube de Florianópolis. A operação durou mais de cinco horas devido ao peso do material. A pedra será analisada e encaminhada ao laboratório de Arqueologia da Unisul para dessalinização e higienização.

Figuras femininas são destaque em mostra de arte pré-histórica na França


Estatueta feminina pré-histórica apresentada na Mostra.







São exibidas cerca de 70 peças do período Magdaleniano - o último do Paleolítico Superior - representando mulheres


PARIS - Uma mostra que reúne figuras femininas da arte pré-histórica provenientes de jazidas arqueológicas da França, Suíça, Alemanha e Polônia estão expostas a partir desta sexta-feira no Museu Nacional da Pré-História de Les Eyzies-de-Tayac, no sudoeste francês.
São exibidas cerca de 70 peças do período Magdaleniano - o último do Paleolítico Superior - representando mulheres, em uma época marcada pelo florescimento das reproduções simbólicas esquemáticas do gênero feminino, afirmou o museu em comunicado. A exposição, que também apresenta um conjunto de ferramentas e armas do mesmo período, estará aberta até o dia 19 de setembro.

Entre outras peças, o visitante poderá conhecer a "Vênus Impudica", a primeira estatueta humana do paleolítico descoberta na França, talhada em marfim de mamute.

Com traços mais simples, são exibidos também três exemplares da jazida arqueológica alemã de Nebra, silhuetas filiformes nas quais sobressaem os peitos e o traseiro; além de uma figura de formas mórbidas e esculpida em um bloco de argila vermelha vinda da caverna de Courbet, no sul da França.

A arte da gravura também tem seu lugar na exposição, com a presença de um bloco de pedra onde se distinguem os traços de onze figuras femininas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Arqueólogos descobrem ruínas de prédio público da época bizantina em Israel

Ruínas descobertas em Acre, referem-se ao período de dominação bizantina na região.




JERUSALÉM - Arqueólogos israelenses encontraram durante escavações na cidade histórica de Acre uma antiga estrutura que, segundo todos os indícios, trata-se do primeiro imóvel de uso público da época bizantina na Terra Santa (324 d.C. a 638 d.C.).

Anunciada neste domingo pela Autoridade de Antiguidades de Israel, a descoberta data de aproximadamente 1,5 mil anos atrás, período que deixou inúmeras ruínas e artefatos perdidos por toda a Terra Santa, mas do qual até agora não se conhecia nenhum em Acre, cidade situada no litoral norte do país, próxima à fronteira com o Líbano.

"É possível que seja uma igreja", indicou em comunicado a arqueóloga Nurit Feig, diretora do projeto. Segundo ela, o prédio sofreu danos devido aos trabalhos de construção de um novo centro comercial, que não tinham sido coordenados com a Autoridade de Antiguidades de Israel.

Do período bizantino, foram encontradas há anos em Acre residências privadas junto ao mar, mas até agora não se tinha encontrado nenhum imóvel público que ilustrasse a vida diária da sociedade da época.

O solo de uma das salas do complexo descoberto neste fim de semana estava recoberto por um mosaico e, no pátio exterior, há um poço.

A cidade de Acre é mais conhecida por seu glorioso passado marcado pelas Cruzadas - do qual restam dois abrigos templários -, assim como por seu passado islâmico e turco, com imponentes mesquitas, recintos banho turco e até uma fortaleza mais recente.

O impressionante imóvel descoberto no domingo é feito de pedra, com ornamentações em mármore, o que, somado aos abundantes restos de azulejos, vasos de cerâmica e moedas, indica que se tratava de um lugar público e, talvez, sede do bispo da cidade em tempos bizantinos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

São João Marcos, no Rio de Janeiro se torna centro arqueológico urbano

Antiga Igreja Matriz de São João Marcos








Flávia Salme, iG Rio de Janeiro | 08/06/2011

Submersa há 70 anos, cidade histórica do Rio volta à tona. Após ser lançado ao ostracismo, distrito de São João Marcos inaugura hoje o primeiro centro arqueológico urbano do Estado do Rio de Janeiro.

Da riqueza e desenvolvimento à miséria. Do posto de “exemplo intacto de arquitetura colonial” a uma área submersa e reduzida a escombros, o pequeno distrito fluminense de São João Marcos jamais esmoreceu.

Depois de ostentar a glória de ter sido o segundo município mais populoso do Estado, com cerca de 20 mil habitantes (no século 19), e de ser o primeiro do País tombado pelo valor arquitetônico de suas construções pelo então Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), São João Marcos – na região do Vale do Paraíba – foi esvaziado para dar lugar a uma barragem (no século 20). Na época, 1940, o presidente Getúlio Vargas queria superar os entraves que impediam o progresso da capital.

Era preciso gerar energia elétrica e melhorar o abastecimento de água do então distrito federal, e coube a São Marcos dar à luz esse sonho. Engenheiros da Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company, a companhia de eletricidade do Estado, concluíram que a melhor opção seria criar uma represa e uma hidrelétrica na região. Mas São João Marcos estava no meio do caminho. Para o projeto ir à frente, seria necessário inundar a maior parte da cidade (pelo menos 90 fazendas).

Para afugentar os moradores que insistiam em ficar na parte que não foi inundada, a arquitetura local – “destombada” pelo próprio Vargas – foi pelos ares. Nem o cemitério ficou imune (este, em vez de implodido foi remanejado). “Depois disso apareceram certas árvores na cidade, conhecidas como mulungus, que dão flores vermelhas. A população local acredita que é o sangue de moradores tristes com o fim do lugar”, conta Luiz Felipe Younes, coordenador do parque.


Ruínas do antigo Teatro








A visitação inclui o ossuário da Igreja Matriz, parte da estrutura do Teatro Tibiriçá, trechos da antiga Estrada Imperial e suas pontes de pedra, além de cerca de duas mil peças descobertas nas escavações como louças, moedas, objetos pessoais, porcelanas e tijolos mais brutos.

O parque, localizado a 128 km da capital fluminense, conta com 930 mil metros quadrados. São 3 quilômetros com sinalização (de posição, ambiental, histórica e arqueológica). Historiadores, museólogos, arqueólogos, arquitetos, paisagistas, passaram quatro anos dedicados à missão.

Conhecer o lugar não custa nada. A entrada é franca. As visitações poderão ser feitas de quarta-feira a domingo, das 10h às 16h. Será preciso percorrer dois quilômetros da Estrada Imperial (que ligava Minas Gerais à cidade litorânea de Mangaratiba, no Rio).

Além de trilhas e das ruínas históricas da ex-cidade – passeio que dura cerca de 40 minutos –, os turistas encontrarão um Centro de Memória que conta de forma lúdica o passado, além dos resultados das pesquisas históricas e arqueológicas. Há ainda um anfiteatro e cafeteira.

sábado, 4 de junho de 2011

Arqueólogos descobrem igreja de mais de 300 anos na Flórida

Pesquisador do Museu de História Natural, Gifford Waters, tira a terra da estrutura da igreja







Miami - Uma equipe de arqueólogos americanos da Universidade da Flórida descobriu em Santo Agostinho as ruínas de uma igreja de mais de 300 anos que pertenceu a uma missão da época colonial espanhola, informou nesta sexta-feira o centro.

Os arqueólogos acreditam que pode se tratar da estrutura de pedra mais antiga da época colonial espanhola e de uma das maiores igrejas de missões construídas nesse período na Flórida.

Os pesquisadores do Museu de História Natural da Flórida descobriram pedras de coquina e alicerces pertencentes a uma estrutura de 27 metros de comprimento por 12 de altura, que seria "a única missão construída a base de pedra", afirmou a UFA em comunicado.

Os restos foram encontrado no lugar onde se estabeleceu a primeira missão franciscana na Flórida, chamada "Nombre de Dios", a que ficou mais tempo no sudeste do atual estado, já que permaneceu ativa desde 1587 até 1760.

Como a cidade mais antiga dos Estados Unidos, Santo Agostinho abrigou alguns dos primeiros assentamentos de europeus no país e é muito possível que as ruínas sejam de uma igreja encarregada pelo governador da Flórida em 1677, acrescentou.

Sob a direção da diocese católica de Santo Agostinho, a igreja foi construída em homenagem a Nossa Senhora do Leite e do Bom Parto, que foi erguida ao redor de 1650.

Depois que assaltantes ingleses a destruíram em 1728, as ruínas ficaram enterradas e esquecidas.