quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Cupins infestam todo o patrimônio histórico nacional, diz relatório


Igreja em precárias condições de conservação em Congonhas (MG)













PAULO PEIXOTO DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O patrimônio histórico nacional está infestado de cupins e carunchos. É o que dizem relatórios ainda em elaboração pelo departamento de Biologia Animal da UFV (Universidade Federal de Viçosa), requeridos pelo Ministério Público Federal e pelo de Minas Gerais.
Cem por cento das edificações históricas do país estão infestadas pelos insetos xilófagos, colocando em risco o patrimônio brasileiro, afirmou à Folha o professor Norivaldo dos Anjos, especialista em manejo de pragas florestais e chefe do departamento da UFV.
O órgão é uma das principais referências em cupins e carunchos nos monumentos e obras do barroco brasileiro. Seu trabalho é reconhecido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que disse que dará a "atenção devida" ao relatório.

Primeira casa da época de Jesus é encontrada em Nazaré














Arqueólogos trabalham no local onde foram encontrados resquícios de uma casa construída na época de Jesus


Foram encontrados em Nazaré, a algumas dezenas de metros da Basílica da Anunciação, resquícios de uma casa construída na época de Jesus, a primeira descoberta do tipo feita no lugar onde Cristo passou sua infância, anunciou nesta segunda-feira a Autoridade de Antiguidades de Israel. Arqueólogos não traçaram uma ligação direta entre a casa em Nazaré e Jesus.

A construção tinha dois quartos e um pátio com uma cisterna de pedra que armazenava a água da chuva. No local, também foram achados fragmentos de vasilhas de gesso, que só eram usadas pelas famílias judaicas em datas religiosas.

"É uma típica casa na qual viviam judeus. Portanto, Jesus também pode ter morado nela. Nazaré era uma pequena aldeia e, na época da guerra contra Roma, no século I, este recinto pode ter sido usado como refúgio", pois não houve batalhas no povoado, disse Yardenna Alexandre, que comandou a escavação perto da igreja. "No século II, parece que (a propriedade) deixou de ser utilizada, porque não encontramos nada acima do estrato do primeiro século", acrescentou Alexandre.

Muitos fiéis cristãos acreditam que quando a mãe de Jesus, Maria, era criança, viveu numa caverna sobre a qual hoje fica a imponente Igreja da Anunciação, em Nazaré.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Lançamento do Livro Ensaios sobre a América Portuguesa



No próximo dia 16/12/09, às 18:00 h., no Auditório CCHLA 411, da Universidade Federal da Paraíba, haverá o lançamento da coletânea Ensaios sobre a América Portuguesa, organizada por Carla Mary Oliveira, Mozart Vergetti Menezes e Regina Célia Gonçalves. O livro é composto por 12 ensaios de pesquisadores da UFPB, UFPE, UFRN, UNESP-Assis e UFPel, entre integrantes do Grupo de Pesquisa Estado e Sociedade no Nordeste Colonial e especialistas no período colonial. A obra tem o Prefácio da Profª Drª Adriana Romeiro (UFMG).

Os ensaios da obra são os seguintes:

Jesuítas e missões: representações das fronteiras na Capitania do Rio Grande
Maria Emilia Monteiro Porto (UFRN)

Povos indígenas no período do domínio holandês: uma análise dos documentos tupis (1630-1656)
Regina Célia Gonçalves (UFPB)
Halisson Seabra Cardoso (UFPB)
João Paulo Costa Rolim Pereira (UFPB)

Vidal de Negreiros: um homem do Atlântico no século XVII
Ângelo Emílio da Silva Pessoa (UFPB)

Festa e memória da elite açucareira no século XVII: a Ação de Graças pela Restauração da Capitania de Pernambuco contra os holandeses
Kalina Vanderlei Silva (UPE)

Patrimônio, territorialidade, jurisdição e conflito na América portuguesa: Pernambuco, século XVIII
George Félix Cabral de Souza (UFPE)

Capitães Mores das ordenanças de índios: novos interlocutores nas vilas de índios da Capitania do Rio Grande
Fátima Martins Lopes (UFRN)

Contatos, conflitos e redução: trajetórias de povos indígenas e índios aldeados na Capitania da Paraíba durante o século XVIII
Ricardo Pinto de Medeiros (UFPE)

Celebrando a monarquia nos extremos da América portuguesa: Natal e a Colônia do Sacramento no século XVIII
Paulo César Possamai (UFPel)

Alegoria e status na Paraíba colonial: o forro da Casa de Orações dos Terceiros no Convento de Santo Antônio
Carla Mary S. Oliveira (UFPB)

Capitania da Paraíba: população e circuitos mercantis na virada do século XVIII
Mozart Vergetti de Menezes (UFPB)
Yamê Galdino de Paiva

O comércio colonial e suas relações complementares: Santos, Bahia e Pernambuco, 1765-1822
Denise A. Soares de Moura (UNESP - Assis)

A oficina dos ritos: artífices no Arsenal de Guerra de Pernambuco
Acácio José Lopes Catarino (UFPB)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Arqueólogos resgatam primórdios da civilização europeia


Exposição apresenta uma das peças de uma antiga civilização que habitou a Europa entre 5000 e 3500 a.C.











Antes da glória de Grécia e Roma, e até mesmo antes das primeiras cidades da Mesopotâmia ou dos templos ao longo do Nilo, havia no vale do Baixo Danúbio e ao pé das montanhas dos Bálcãs um povo à frente de seu tempo na arte, tecnologia e no comércio de longa distância.

Por 1,5 mil anos, começando antes de 5000 a.C., eles cultivaram e construíram cidades de tamanho considerável, algumas com até duas mil residências. Eles dominavam a fundição de cobre em larga escala, a nova tecnologia da era. Em seus túmulos foram encontrados uma gama impressionante de adereços de cabeça e colares e, em um cemitério, a mais antiga grande coleção de artefatos de ouro do mundo.

Os desenhos marcantes de sua cerâmica revelam o refinamento da linguagem visual da cultura. Até descobertas recentes, os artefatos mais intrigantes eram figuras onipresentes de "deusas" de terracota, originalmente interpretadas como evidência do poder espiritual e político das mulheres da sociedade.

A cultura pouco conhecida está sendo resgatada da obscuridade em uma exposição, "O Mundo Perdido da Velha Europa: o vale do Danúbio, 5000-3500 a.C.", que foi inaugurada no mês passado no Instituto para o Estudo do Mundo Antigo da Universidade de Nova York. Mais de 250 artefatos de museus da Bulgária, Moldávia e Romênia estão expostos pela primeira vez nos Estados Unidos. A mostra fica aberta até 25 de abril.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Arqueólogos apresentam selo de 3 mil anos encontrado no Egito


O selo está escrito em acadiano e foi feito durante o reino da Babilônia, há cerca de 3.750 anos


Um fragmento de um selo descoberto ao norte da cidade do Cairo, no Egito, foi apresentado nesta segunda-feira pelo Conselho Superior de Antiguidades do país. A peça foi descoberta por uma delegação de arqueólogos austríacos que trabalhavam na região. As informações são da agência EFE.

Segundo os pesquisadores, o selo está escrito em acadiano e foi feito durante o reino da Babilônia, há cerca de 3.750 anos. A língua acádia foi uma das línguas usadas no período na região da antiga Mesopotâmia.

domingo, 8 de novembro de 2009

Gonzagão ganha disco, filme e museu, 20 anos após sua morte












JOSÉ ORENSTEIN
colaboração para a Folha
MARCUS PRETO
da Folha de S.Paulo


O cantor Luiz Gonzaga em foto tirada no início da década de 1950.

20 anos após sua morte, o "folclore" em torno da figura de Gonzaga pode ser redimensionado. A data redonda reacende, ainda que timidamente, as luzes sobre o artista --raiz da formatação da música popular brasileira no século 20.

Em termos musicais, surgem agora alguns --poucos-- lançamentos em que seu nome está envolvido. O principal é um disco com regravações de valsas que Gonzaga compôs na década de 1940 --algumas ganharam letras inéditas por artistas como Zeca Baleiro, Abel Silva, Fernando Brant e Capinan.

Projetos maiores, no entanto, estão previstos para mais adiante. Ainda sem data definida, um museu dedicado à obra do artista deve ser inaugurado em Pernambuco.

E um longa contando parte de sua história tem estreia programada para 2011 --um ano antes daquele que seria o centésimo aniversário do músico.

Baseado na biografia da jornalista Regina Echeverria, o longa "Gonzaguinha e Gonzagão - Explode Coração" já está em processo de pré-produção. A direção fica aos cuidados de Breno Silveira, o mesmo de "2 Filhos de Francisco".

sábado, 7 de novembro de 2009

Túmulo do século V é encontrado na Bulgária














Vaso de bronze é encontrado entre cântaros de barro em um túmulo de 1,9 mil anos descoberto na Bulgária


Arqueólogos descobriram e desenterraram um túmulo de 1,9 mil anos perto da cidade de Sofia, na Bulgária, nesta terça-feira. Segundo a equipe de pesquisadores informou à agência AP, o túmulo é de origem trácia e está muito bem preservado.

No túmulo, a equipe encontrou duas taças de prata decoradas com cenas da mitologia e imagens do deus grego do amor Eros, além de um vaso de bronze, cântaros de barro, recipientes de vidro e artefatos ainda não-identificados.

Os trácios foram um povo indo-europeu que viveu por volta dos séculos V e VI na região da Trácia, onde hoje fica a Bulgária, Romênia, Grécia e Turquia.

sábado, 17 de outubro de 2009

Museu alemão que abriga rosto de Nefertiti reabre suas portas


Por sete décadas, o Neues Museum (Novo Museu) de Berlim foi uma casca abandonada, marcada por bombas. Mas ele finalmente está de volta, contendo um acervo estelar que inclui um busto de 3.400 anos da rainha egípcia Nefertiti. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, inaugurou oficialmente o museu reformado na sexta-feira.
Foi um dia que levou décadas para chegar. Uma das joias do complexo Ilha dos Museus de Berlim finalmente reabrirá suas portas. A reabertura do Neues Museum na sexta-feira significa que todo o conjunto de galerias neoclássicas de Berlim estará aberto pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

"É um dia especial... 70 anos após seu fechamento, este prédio será entregue ao público de novo", disse Hermann Parzinger, o chefe da Fundação da Herança Cultural Prussiana, que supervisiona os museus de Berlim, aos jornalistas antes da abertura das galerias, que abrigarão o Museu Egípcio e o Museu da Pré-História e Civilizações Antigas. "É, de certa forma, o fim da era do pós-guerra para a Ilha dos Museus."

A estrela da exposição será o busto de calcário e gesso de Nefertiti, que está na Alemanha desde 1913. Refletindo seu status no mundo da história da arte, o belo objeto residirá sozinho em uma sala com teto em domo com vista para a extensão do museu.

O museu está fechado desde o início da guerra em 1939, quando seu acervo foi levado para um depósito. Situado na antiga Alemanha Oriental, ele foi abandonado em seu estado destruído pela guerra por falta de fundos. Nefertiti e milhares de outros itens agora foram devolvidos ao seu antigo lar pela primeira vez.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Arqueólogos britânicos encontram outro Stonehenge














Um grupo de arqueólogos britânicos descobriu os restos de um segundo Stonehenge a poucos quilômetros do monumento megalítico original, no condado de Wiltshire, ao sudoeste da Inglaterra. A revelação de uma equipe de especialistas de várias universidades do Reino Unido confirma que a famosa construção da Idade de Bronze (2,5 mil a.C.) fazia parte de um complexo maior, possivelmente, utilizado para acolher rituais.

Estudos preliminares indicam que a descoberta pode ser, inclusive, mais antiga que a primeira e foi batizada de Blue Stonehenge, pela cor da pedra, que contém quartzo na composição originária das montanhas do País de Gales (cerca de 240 km), explicou um dos diretores das escavações, Julian Thomas. "A construção seria similar ao Stonehenge, embora menor. A obra tem relação com outros restos arqueológicos descobertos nos últimos anos, como a vila neolítica de Durrington Walls em 2005", assinalou o professor da Universidade de Manchester.

Acredita-se que o Blue Stonehenge, do qual restam nove buracos e algumas fundações (além de objetos arqueológicos como pontas de lança), está situado no extremo de uma grande avenida erguida no período neolítico e que teria levado à construção do Stonehenge, ao longo do leito do rio Avon. O Blue Stonehenge é um conjunto circular formado por cerca de 25 pedras com diâmetro de 10 m, cercada por um fosso, com um desenho parecido ao do monumento principal, cujo diâmetro é de 30 m e é composto por quatro circunferências concêntricas.

domingo, 4 de outubro de 2009

Duas obras homenageiam tesouros arquitetônicos da Bahia e do Brasil


Lançamento de livros do Programa Monumenta/Iphan valorizam o restauro do patrimônio histórico e traçam um roteiro original da capital baiana








A beleza do mais antigo templo barroco brasileiro e a imponência das fortalezas da cidade de Salvador são os temas dos dois livros lançados pelo Programa Monumenta, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan.

O livro O Convento Franciscano de Cairu – Restauração de elementos artísticos registra todo o trabalho de restauração que José Dirson Argolo e sua equipe realizaram no monumento da pequena cidade de Cairu, localizada no litoral baiano, entre Salvador e Ilhéus. Dedicado a Santo Antônio, o convento foi construído no século XVII e destaca-se tanto na paisagem litorânea da cidade quanto na história da arquitetura brasileira. É considerado por muitos estudiosos, inclusive Germain Bazin, a primeira construção brasileira em estilo barroco. Para os historiadores, trata-se de uma verdadeira invenção brasileira, que servirá de modelo para diversas construções religiosas no país, como os Conventos de Santo Antônio em João Pessoa (PB) e Recife (PE).



Já As fortalezas e a defesa de Salvador, de Mauro Mendonça de Oliveira, é o quarto título da coleção também bilíngue (português e inglês) Roteiros do Patrimônio, que já publicou O Aleijadinho e o Santuário de Congonhas, Art nouveau em Belém e Barroco e rococó nas igrejas do Rio de Janeiro.baiana, as imponentes construções militares ajudam a desenhar a paisagem da cidade e também a contar sua história.

O roteiro traçado por Oliveira ordena as construções de maneira cronológica. No capítulo dedicado ao período que vai do fim do século XVI à invasão holandesa, o autor cita a Torre de Santo Alberto, o Forte de Santo Antônio da Barra e os fortins de Monserrate e da Lagartixa. Em seguida, lista as fortificações construídas depois de 1625, como as defesas do Porto da Barra e o Forte do Mar – como é mais conhecido o Forte de Nossa Senhora do Pópulo e São Marcelo. O último capítulo lista as mais recentes edificações, datadas do século XVIII: os fortes de São Pedro, de Santo Antônio Além-do-Carmo e da Jaquitaia, além da Bateria de São Paulo da Gamboa. O professor lembra ainda das fortalezas que já não existem mais atualmente, mas que foram vitais em diversos momentos da história brasileira.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Museu Britânico abre megaexposição sobre último imperador asteca














O Museu Britânico inaugura nesta quinta-feira uma megaexposição que mostra a trajetória e o legado do último imperador dos astecas, Montezuma 2º, que reinou no México entre 1502 e 1520.

A mostra "Moctezuma: Aztec Ruler" ("Montezuma: Imperador Asteca", em tradução livre) é a mais recente exposição do museu de sua série sobre poder e impérios.

Entre os objetos da mostra estão uma rebuscada máscara feita de ouro e turquesa, considerada um dos melhores exemplos da arte asteca.

Montezuma herdou e consolidou o poder asteca sobre um complexo império político que se estendia do Oceano Pacífico ao Golfo do México.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Alemanha descobre estátua romana de 2 mil anos














Arqueólogos alemães descobriram nesta quinta-feira uma cabeça de cavalo de bronze e ouro perto de Waldgirmes.

Arqueólogos alemães descobriram nesta quinta-feira uma cabeça de cavalo de bronze e ouro que acreditam ser um vestígio de uma estátua romana de 2 mil anos.

Uma equipe de escavações em uma antiga cidade romana perto de Waldgirmes, no centro da Alemanha, encontrou a cabeça junto ao pé de um cavaleiro no dia 12 de agosto. "Esta escultura de bronze está entre as melhores peças já encontradas na área do antigo Império Romano", disse Eva Kuehne-Hoermann, ministra de Estado para Ciência em Hesse, durante o anúncio em Frankfurt.

Especialistas dizem que a estátua data de 3 ou 4 a.C. quando o posto romano perto de Waldgirmes foi estabelecido, e provavelmente representa o imperador Augustus. Após derrotar os romanos na batalha de Teutoburg em 9 d.C., tribos alemãs destruíram a estátua e enterraram a cabeça, afirmaram arqueólogos.

"Em nenhum outro lugar há uma descoberta desta forma ou qualidade", disse Kuehne-Hoermann. A rédea do cavalo é ornamentada com imagens de Marte, Deus da guerra, e Victoria, que personifica vitória.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cema pesquisa história e arqueologia dos povos indígenas da América Central e dos Andes













Rodolfo Blancato / USP Online


Na América Central e nos Andes surgiram as mais grandiosas civilizações da América Pré-Colombiana. Incas, Maias e Astecas são apenas alguns dos povos que habitaram esses locais, que até hoje possuem uma forte herança cultural indígena.

A academia brasileira nunca foi das mais atentas em relação ao tema. A USP não era exceção - a realidade na Universidade começou a mudar em 2002, com a criação do Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos (Cema).

O centro está alocado no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Mas seus membros fazem questão de enfatizar que não se trata de um centro de estudos históricos apenas, mas, principalmente, de característica multidisciplinar. “A nossa preocupação é a questão da América indígena, de forma a não traçar fronteiras, nem cronológicas e nem regionais. A gente trabalha com esse mundo indígena, no sentido mais amplo”, explica Marcia Maria Arcuri, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP e uma das fundadoras do centro.

Na América Central e nos Andes surgiram as mais grandiosas civilizações da América Pré-Colombiana. Incas, Maias e Astecas são apenas alguns dos povos que habitaram esses locais, que até hoje possuem uma forte herança cultural indígena.

A academia brasileira nunca foi das mais atentas em relação ao tema. A USP não era exceção - a realidade na Universidade começou a mudar em 2002, com a criação do Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos (Cema).

O centro está alocado no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Mas seus membros fazem questão de enfatizar que não se trata de um centro de estudos históricos apenas, mas, principalmente, de característica multidisciplinar. “A nossa preocupação é a questão da América indígena, de forma a não traçar fronteiras, nem cronológicas e nem regionais. A gente trabalha com esse mundo indígena, no sentido mais amplo”, explica Marcia Maria Arcuri, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP e uma das fundadoras do centro.

Exibição no MAE usa objetos para contar relatos da sociedade

















Júlio Bernardes, especial para o USP Online

O Museu de Arqueologia e Etnologia da USP abre na quarta-feira (19) a exposição “Fragmentos de Memória”. Na mostra, os visitantes não verão apenas pequenos objetos de uso pessoal. Atrás de cada peça é contada uma história de vida, resgatando a trajetória de homens, mulheres e famílias. A exposição, resultado de três meses de uma oficina com 18 participantes, demonstra que a terceira idade ainda tem muito a contribuir para a sociedade.

A mostra é uma síntese da oficina Arqueologia e Memória, voltada para o público de terceira idade. No primeiro semestre deste ano, em reuniões semanais, foram discutidas questões relacionadas a arqueologia, memória, museus e patrimônio cultural. “Os participantes são convidados a trazer objetos pessoais que considerem significativos”, conta a educadora Judith Mader Elazari, coordenadora do projeto. “A partir deles é contextualizada a história de vida de cada um”.

A abertura da exposição "Fragmentos de Memória” acontece no dia 19, às 14 horas, no MAE (Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitária, São Paulo). A visitação é gratuita e pode ser feita entre os dias 20 e 23, das 10 horas ao meio-dia e das 14 às 16 horas. A oficina e a mostra foram realizadas pela Divisão de Difusão Cultural e Serviço Técnico de Musealização do MAE, e fazem parte do programa “Universidade Aberta à Terceira Idade”, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Limite norte da conquista lusitana das terras americanas em 1585.











Detalhe de Mapa holandês que mostra o território da Parahyba nas primeiras décadas do século XVII e indica a importância da presença de aldeamentos de indígenas aliados nos primeiros tempos de instalação colonial na Capitania.

Por volta de 1585, as conquistas portuguesas nas terras americanas ainda eram bastante precárias e se limitavam a pequenos territórios em torno das primeiras vilas e cidades, pontuadas ao longo do vasto litoral. Da Vila de São Vicente, no extremo-sul, à Vila de Olinda, no extremo-norte, mal chegava a uma vintena o número de povoações lusitanas dispersas (quase todas Vilas das Capitanias Donatariais e duas Cidades de Capitanias Reais, Salvador, sede do Governo-Geral desde 1549 e Rio de Janeiro, em 1565), erigidas nas proximidades de aldeias de índios aliados, essenciais para garantir força de trabalho, gêneros de abastecimento e a defesa dessas povoações contra outros inimigos indígenas ou europeus. Os engenhos e canaviais que se estendiam ao norte de Olinda eram freqüentemente focos de desentendimentos entre portugueses e índios, pela penetração desses primeiros nas terras indígenas. Não raramente esses desentendimentos chegavam a lutas armadas, escravização e massacres. Decididos a impedir o tráfico de pau-brasil entre os franceses e potiguara no rio Parahyba e na Baía da Traição, os portugueses definiram a criação de uma nova Capitania Real, desmembrada da Capitania de Itamaracá. Depois de cerca de uma década de intensa guerra na região, em 05 de Agosto de 1585, dia de Nossa Senhora das Neves, os portugueses conseguiram celebrar um tratado de paz com o cacique tabajara Piragibe, adversário dos potiguara, que foi essencial para a defesa dessa nova conquista. A pequena povoação logo mais tornou-se uma Cidade, sendo essa data da paz definida como sua Padroeira e Fundação. Cônscio da importância das alianças indígenas para a defesa da nova conquista o autor coevo e anônimo do Summario das armadas que se-fizeram, e guerras que se-deram na conquista do rio Parahyba... por um da Companhia de Jesus relatou: “porque o verdadeiro sangue, e substancia de se-povoar, e sustentar o Brasil, é com o mesmo gentio da terra, ganhado por amisade, que sem elle não nos-valeremos nunca contra os outros”.

Ângelo Emílio da Silva Pessoa

Governo do Estado tomba Parque Aza Branca e antiga casa de Januário











Débora Duque

Os locais que abrigam grande parte da história de Luiz Gonzaga do Nascimento, o pernambucano que fez o Brasil conhecer o cotidiano do povo nordestino, estão agora sob os cuidados do poder público. Isso porque o Parque Aza Branca e a casa do seu pai, Januário, em Exu – cidade natal do Rei do Baião – foram tombados, na última sexta-feira, por meio de aprovação unânime do Conselho Estadual de Cultura e posterior homologação do Governo do Estado.
A ação de tombamento, iniciada em julho de 2007, contempla os 3,7 hectares do parque, que abriga o Museu do Gonzagão e da Casa de Luiz Gonzaga, e a antiga casa onde viveu seu pai, localizada na Vila da Fazenda Araripe. Com o tombamento definitivo, ambos os locais começam a receber intervenções da Fundarpe.
Até a concretização do processo de tombamento, a equipe da Fundarpe realizou, durante dois anos, pesquisas históricas e exames técnicos nos espaços, com o objetivo de identificar e atestar a relevância cultural destes locais para Pernambuco e para o país. Além disso, profissionais da Fundação estiveram em Exu realizando um levantamento do acervo de Luiz Gonzaga bem como um diagnóstico da situação dos imóveis que compõem o Parque Aza Branca.
Além do Museu do Gonzagão e da Casa de Luiz Gonzaga, o parque abriga também outras instalações, como o Ponto de Cultura Alegria Pé-de-Serra, o mausoléu de Gonzagão (onde se encontram os restos mortais do Rei do Baião), dois palcos para eventos e ainda duas pousadas, denominadas Santana e Januário – em homenagem a sua mãe e a seu pai. Abrigando um cenário típico do Sertão pernambucano, o parque conta ainda com um viveiro de pássaros da espécie asa branca, além de juazeiros e cactáceos distribuídos por todo o local.
Já a antiga Casa de Januário é o mais antigo testemunho da vida do Rei do Baião. Situada na vila da Fazenda Araripe, a casa, feita de taipa, guarda as lembranças do tempo em que Luiz Gonzaga partiu da cidade, retornando apenas em 1946. Foi justamente o reencontro com o seu pai que originou a música Respeita Januário.

Igreja do sec. XVIII tombada pelo Iepha/MG é devolvida a comunidade













A pequena Lobo Leite, distrito de Congonhas do Campo, está em festa. Depois de dois anos e meio, a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais (SEC), entrega à comunidade a obra de restauração da Igreja de Nossa Senhora da Soledade.

Construída no século XVIII e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), a igreja foi restaurada pela Fundação de Arte de Ouro Preto, por meio de parceria celebrada com a Gerdau/Açominas, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Durante dois anos e meio, os técnicos do ateliê de prestação de serviços da Faop trabalharam no processo de restauração dos elementos estruturais e artísticos que compõe a Igreja de Nossa Senhora da Soledade.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Iphan realiza oficina de Educação Patrimonial em João Pessoa


















O Iphan apresenta, nos dias 8, 9, 10, em João Pessoa, Paraíba, relatos de experiências bem sucedidas no país na área de Educação Patrimonial. O evento acontece no Centro Cultural São Francisco, das 8h às 17h.

Destinado aos integrantes da Coordenadoria do Patrimônio Histórico e Cultural da Prefeitura Municipal de João Pessoa, além de especialistas e técnicos da área, a oficina visa preparar as secretarias municipais da cidade para um trabalho conjunto de educação patrimonial que incentive o conhecimento e a preservação dos bens históricos de João Pessoa.


Fazem parte dessa ação integrada o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), as secretarias municipais de Turismo e de Educação, além de parceiros como a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

quarta-feira, 1 de julho de 2009

João Pessoa vence prêmio na área de patrimônio cultural












A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) venceu a edição 2009 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, instituído pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do Ministério da Cultura (MinC). O prêmio refere-se a categoria 'Apoio Institucional e/ou Financeiro' pelo desenvolvimento do "Programa Integrado de Preservação do Patrimônio Cultural de João Pessoa". A cerimônia de entrega da premiação acontecerá no dia 14 de outubro, às 20h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília.

A Comissão Nacional de Avaliação,que apontou os vencedores deste ano, analisou 67 participantes em sete categorias. Foram premiados projetos nas áreas de "educação patrimonial", "divulgação", "pesquisa e inventário de acervos", "preservação de bens móveis e imóveis", "salvaguarda de bens de natureza imaterial" e "proteção do patrimônio natural e arqueológico".

domingo, 28 de junho de 2009

Imagem mais antiga de São Paulo é descoberta em Roma


















Arqueologistas do Vaticano descobriram o que acreditam ser a imagem mais antiga existente do apóstolo São Paulo, datada de século IV, nas paredes de catacumbas sob Roma.

O jornal do Vaticano Osservatore Romano, ao revelar a descoberta no domingo, publicou a fotografia de uma imagem pintada em afresco de um rosto masculino com barba preta e uma auréola brilhante sobre um fundo vermelho.

Especialistas da Comissão Pontífice para Arqueologia Sagrada fizeram a descoberta em 19 de junho nas Catacumbas de Santa Tecla em Roma e a descreveram como "o mais antigo ícone da história dedicado ao culto do apóstolo", de acordo com o jornal do Vaticano.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Artefatos de caça de 10 mil anos são achados em lago nos EUA














Pesquisadores encontraram provas de uma antiga cultura centrada na caça que vivia onde fica atualmente o Estado do Michigan


Henry Fountain

Do New York Times

"O Lago Superior, dizem, nunca liberta seus mortos". Ou pelo menos essa é a letra da canção "The Wreck of the Edmund Fitzgerald", de Gordon Lightfoot. Mas no lago Huron a história é diferente. Pesquisadores da Universidade do Michigan, Estados Unidos, encontraram provas de uma antiga cultura centrada na caça, por sob as águas do lago.

Estudando uma crista rochosa subaquática por meio de um sonar de ondas laterais e de veículos de controle remoto, John O'Shea, do Museu de Antropologia, e Guy Meadows, do Laboratório de Hidrodinâmica Marítima da universidade, descobriram formações e implementos de pedra que se assemelham aos usados hoje na região ártica canadense para a caça de caribus.

Os implementos submersos datam de 7,5 mil a 10 mil anos atrás, quando o nível do lago era muito mais baixo e a crista servia como uma ponte terrestre entre os territórios dos atuais Michigan e Ontário, dividindo o lago em dois.

domingo, 21 de junho de 2009

Museu da Acrópole é inaugurado em Atenas com boicote do R.Unido











Adriana Flores Borquez.

Atenas, 20 jun (EFE).- O novo Museu da Acrópole foi inaugurado hoje em Atenas em meio a uma grande expectativa e com a esperança renovada de conseguir a restituição à Grécia dos mármores do Parthenon, que atualmente são exibidos no Reino Unido, cujas autoridades boicotaram a abertura do evento.
A inauguração se deu diante de 300 convidados, como o presidente da Comissão Europeia (órgão Executivo da União Europeia), José Manuel Durão Barroso, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Koichiro Matsuura.

As grandes ausências foram os representantes do Reino Unido, o país que se nega há anos a devolver dezenas de peças da Acrópole, expostas no British Museum de Londres, pois afirma que as obteve legalmente.

No evento, presidente grego, Carolos Papoulias, afirmou que "chegou a hora de curar as feridas do monumento com o retorno dos frisos" do Parthenon que estão no Reino Unido.

Barroso disse que, "após tantos anos de trabalho, todos os países do mundo estavam esperando" o novo museu da Acrópole que estivesse "em plena harmonia com a rocha sagrada".

O moderno prédio de vidro, cimento e ferro, com 14 mil metros quadrados de espaço de exposição construído no bairro de Makriyannis, a 300 metros da rocha sagrada, abriga mais de quatro mil peças arqueológicas exclusivas da Acrópole e restos das cidades descobertas durante as escavações.

sábado, 20 de junho de 2009

Site da USP disponibiliza 3.000 livros









DA REPORTAGEM LOCAL

A Reitoria da USP lançou nesta semana um site que disponibiliza 3.000 livros para download -as obras estão no endereço www.brasiliana.usp.br.
Entre os títulos, estão livros raros, documentos históricos, manuscritos e imagens que são parte do acervo da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, doada à universidade.
Há planos de aumentar o catálogo para 25 mil títulos e incluir primeiras edições de Machado de Assis e de Hans Staden.

sábado, 13 de junho de 2009

Cemitério de 2 mil anos é achado durante obras para Olimpíada de 2012











Arqueólogos britânicos descobriram uma vala comum de cerca de 2 mil anos em um trecho de uma estrada que está sendo construída para os Jogos Olímpicos de 2012, que serão realizados em Londres. A descoberta ainda surpreendeu os cientistas pelo fato de os esqueletos terem sido encontrados decapitados e desmembrados.

"Até o momento, contamos 45 crânios encontrados em um canto da vala, e vários troncos e ossos de pernas espalhados pelo local", disse David Score, gerente de projetos da Oxford Archaeology, responsável por acompanhar a construção da estrada.

"É raro encontrar cemitérios arqueológicos desse tipo, pois normalmente os corpos estão alinhados."

'Catástrofe'

Segundo Score, sua equipe ainda está recuperando os esqueletos e os levando para análise em Oxford.

"Ainda é muito cedo para tirar conclusões, mas os crânios parecem ser predominantemente de homens jovens", afirmou.

"Não sabemos ainda como ou por que os restos mortais foram depositados neste local, mas é muito provável que tenha ocorrido algum evento catastrófico, como uma guerra, uma epidemia ou uma execução.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Guerreiros africanos no Vice-Reino do Peru.










Certos acontecimentos têm o dom de nos surpreender, parecem trazer elementos insuspeitados e conexões de histórias não percebidas devidamente.
Em 1599, na cidade de Quito, o pintor indígena Adrián Sánchez Galque retratou o chefe guerreiro, filho de africanos, Francisco de Arobe e seus dois filhos em trajes de gala espanhóis. Esses guerreiros, junto com o capitão africano Alonso Sebastián Illescas, haviam sido escravos fugitivos que se internaram com alguns grupos de africanos nas densas matas das Esmeraldas, atual Província das Esmeraldas, ao norte do atual Equador.
Esses africanos fugitivos, juntando-se aos índios da região, formaram o que ficou conhecido como país dos zambos, cujas alianças eram necessárias aos espanhóis e corsários ingleses, que disputavam o controle dessa região, estratégica para a passagem de navios provindos do Peru. O apoio dos zambos era essencial para garantir a segurança da navegação na área. Os corsários necessitavam, ainda, do fornecimento de víveres, pelos habitantes da área, para os seus navios.
Um naufrágio de espanhóis na costa das Esmeraldas em 1598 e sua devolução em segurança às autoridades de Quito, foi pretexto para uma aliança com a Espanha, representada pela concessão de honrarias, entre as quais se destaca o quadro, que apresenta os guerreiros em ricos trajes europeus e adereços de ouro combinando estilos africanos e indígenas.
A ocasião, que reuniu pessoas e elementos culturais africanos, indígenas e europeus na costa do Pacífico, é destacada por Carmen Bernand e Serge Gruzinski em sua obra História do Novo Mundo como um exemplo marcante de mestiçagem cultural que envolveu o processo de colonização, considerando as interações conflituosas ou pacíficas dos diferentes agentes envolvidos.

Ângelo Emílio da Silva Pessoa

Lançado importante Catálogo sobre viajantes no período colonial




Dedicado às narrativas de viajantes franceses, britânicos, alemães, holandeses e espanhóis, o livro Andanças pelo Brasil Colonial: catálogo comentado (1503-1808) faz um resgate de alguns mitos fundadores da identidade brasileira por meio do olhar estrangeiro.

Organizada pelos professores Jean Marcel Carvalho, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Ronald Raminelli, da Universidade Federal Fluminense, a obra, lançada pela Editora Unesp, começa em 1503, com a viagem de Binot Paulmier de Gonneville, primeiro navegador francês que aportou por aqui, e termina com a vinda da família real para o Rio de Janeiro, em 1808.

Fonte: Agência FAPESP

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Cientistas revelam fóssil que pode ser de ancestral do homem













Cientistas revelaram em Nova York nesta terça-feira o fóssil de uma criatura de 47 milhões de anos que pode ser um elo perdido na evolução dos primatas superiores - macacos, gorilas e os seres humanos. O fóssil, batizado de Ida, está em estado tão bom de conservação que é possível ver sua pele e traços de sua última refeição.


Os restos do animal, que se assemelha a um lêmure (tipo de animal parecido com um macaco que vive na ilha africana de Madagascar) foram apresentados no Museu Americano de História Natural pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

Eles foram descobertos na década de 1980 na Alemanha e pertenciam a uma coleção particular.

Importância e críticas

A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega.

Hurum diz que ida representa "a coisa mais próxima que temos de um ancestral" e descreveu a descoberta como "um sonho que se tornou realidade". Mas parte da comunidade científica se mostra cética em relação à descoberta.

Um dos principais editores da revista Nature, Henry Gee, disse que o termo "elo perdido" pode induzir ao erro e que o fóssil não deve figurar entre as grandes descobertas recentes, como os dinossauros com penas.

Biblioteca de José Mindlin poderá ser acessada pela internet

Colecionador doou seus livros raros à USP. Um robô "devorador de livros" está escaneando os exemplares.


A paixão de um brasileiro por seus livros em breve vai ser compartilhada com todos nós. A Universidade de São Paulo se prepara para receber parte da biblioteca Brasiliana, doada pelo empresário e colecionador José Mindlin.
Poderá ser acessado de qualquer parte do mundo, pela internet, e também fisicamente, em um prédio que está sendo construído para receber a Brasiliana. Um tesouro, de um homem sonhador, que vai se tornar público pelo esforço de gente que acredita que um grande país só se faz com cultura e educação.

É em um vazio moldado a ferro, onde ainda o concreto escorre, que caberá o conhecimento. A biblioteca por enquanto é toda imaginação.

“São três andares de livros. Todas as paredes com toda coleção exposta. A ideia é que a gente tivesse sempre o visitante em contato com o acervo”, explica o arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb.

Este será o corpo da Brasiliana, biblioteca formada por 17 mil títulos, todos sobre o Brasil ou feitos no Brasil, doados à USP pelo avô de Rodrigo, o empresário e bibliófilo, José Mindlin.

sábado, 2 de maio de 2009

Reforma vai recuperar igreja de 1787 no centro de São Paulo









Na manhã de 16 de março, um grupo de operários chegou ao pátio da Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, no centro de São Paulo, para iniciar uma reforma. Apesar de corriqueira, a cena foi considerada um milagre, pois a igreja construída em 1787, com capela projetada por Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, luta há 17 anos pela reforma, desde o primeiro pedido, segundo o ministro João Azarias de Sobral, responsável pelo templo. "Foi como presenciar algo impossível, um milagre mesmo. Finalmente recebemos alguma atenção."

Em mais de dois séculos, a Igreja das Chagas foi acumulando valiosos objetos históricos. São 42 quadros com motivos religiosos - entre eles, de José Patrício, expoente das artes no Brasil Colônia -, dezenas de estátuas, restos mortais de personagens históricos (como o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar), livros de religião e atas de conselhos realizados desde 1760.

Operários acham garrafa com mensagem de prisioneiros de Auschwitz












Varsóvia, 28 abr (EFE).- Operários que faziam reformas perto do campo de concentração nazista de Auschwitz, no sul da Polônia, encontraram uma garrafa com uma mensagem escrita por prisioneiros, em setembro de 1944, onde estão identidades e o local de nascimento de vários deles.

"Os trabalhadores demoliram um muro do porão de uma escola próxima ao que foi o campo de concentração, quando encontraram uma garrafa", explicaram hoje à Agência Efe membros a direção do museu de Auschwitz.

"Acreditamos que eles arrancaram um pedaço de um saco de cimento para utilizar como papel e escrever a mensagem", completaram.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Arqueólogos iraquianos trazem à tona tesouros da Babilônia.


O Museu de Bagdá, que receberá os 4.000 artefatos recém-descobertos.




Por Khalid al-Ansary
Em Bagdá


Arqueólogos iraquianos descobriram 4.000 artefatos, em sua maioria da antiguidade babilônia, incluindo carimbos reais, talismãs e tabuletas de argila marcadas em escrita cuneiforme sumeriana, a mais antiga forma conhecida de escrita.

O Ministério do Turismo e das Antiguidades anunciou na quarta-feira que os tesouros foram encontrados após dois anos de escavações em 20 lugares diferentes nas regiões entre os rios Tigre e Eufrates, a terra descrita pelos gregos da antiguidade como Mesopotâmia.

Além de artefatos babilônios, foram encontrados artefatos do império persa da antiguidade e outros de cidades islâmicas medievais, mais recentes.

"Os resultados destas escavações indicam que as antiguidades iraquianas não vão se esgotar no futuro próximo", disse um porta-voz do Ministério do Turismo e das Antiguidades, Abdul-Zahra al Telagani.

"Eles também nos incentivam a continuar o trabalho de reabilitação de nossos sítios antigos, para convertê-los em atrações turísticas."

Os artefatos serão transferidos para o Museu Nacional em Bagdá, que precisa ser reabastecido desde que saqueadores roubaram dele aproximadamente 15 mil artefatos após a invasão de 2003 liderada pelos EUA. Desde então, cerca de 6.000 dos itens roubados foram devolvidos.

Situado no coração de uma região descrita pelos historiadores como berço da civilização, o Iraque espera que a redução da violência para níveis não vistos desde o final de 2003 incentive turistas a visitar seus sítios antigos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Índios brasileiros e americanos são tema de exposições em São Paulo


SÃO PAULO - De um lado, imagens de índios dos Estados Unidos, feitas pelo fotógrafo Edward Curtis. De outro, retratos da tribo Yanomami, de autoria da suíça naturalizada brasileira Claudia Andujar. Ambas estarão expostas a partir deste sábado na Caixa Cultural, no centro de São Paulo.

Produzidas em épocas e locais diferentes, as exposições têm em comum a cultura indígena. As fotos de Curtis estão reunidas na mostra "Legado Sagrado".

Num total de 60 imagens, a mostra revela detalhes do cotidiano e dos rituais indígenas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Descoberta a múmia mais bem preservada do Egito.


O chefe do conselho superior de antiguidades do Egito Zahi Hawass limpa a múmia, encontrada na região de Saqara









Da AFP
No Cairo


Arqueólogos egípcios descobriram a "múmia mais bem preservada" das encontradas até agora, num sarcófago de pedra na necrópole de Saqara, sul do Cairo, anunciou nesta quarta-feira o conselho superior de antiguidades em comunicado.

Segundo o chefe deste organismo, Zahi Hawass, ela "está completamente preservada, no melhor estado".

O sarcófago foi descoberto em sepultura que data da época da 6ª dinastia do Antigo Egito (4.300 anos antes de Cristo) e continha 30 múmias, precisou o texto.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Norte do Peru tem história muito mais antiga que a dos incas



Figura do Deus Ai-apec Degollador, deus principal da cultura Mochica, que se desenvolveu entre séculos 1 e 7 d.C.


MARIA EMÍLIA COELHO
Colaboração para o UOL Viagem, do Peru

De imediato a palavra Peru evoca as imagens das ruínas de Machu Picchu, a famosa cidade sagrada dos incas. Mas apague-as agora da sua memória, pois sua história ocupa só uma parte dos 20 mil anos da presença do homem em território peruano. O país deve ser lembrado primeiro como berço das civilizações da América do Sul, guardando boas surpresas para aqueles turistas que se atrevem a sair dos roteiros tradicionais, partindo rumo às rotas menos conhecidas.

A costa norte do Peru é um desses destinos pouco previsíveis e cheio de atrações milenares. O lugar abriga sítio arqueológico que leva o viajante ao universo das culturas Moche (ou Mochica) e Chimú. A 20 minutos do centro da simpática Trujillo (terceira maior cidade do país, a 560 quilômetros de Lima pela estrada Panamericana Norte), é possível conhecer as Huacas do Sol e da Lua. As duas grandes pirâmides de barro foram construídas pelo povo Mochica, que desenvolveu impressionantes técnicas de pesca, agricultura, cerâmica, metalurgia e tecido entre os séculos 1 e 7 d.C.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Intendência da Antiga Alfândega de João Pessoa (PB) será revitalizada.


A Superintendência Regional do Iphan na Paraíba, em parceria com a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU) e a Prefeitura de João Pessoa, vai revitalizar o prédio da Intendência da Antiga Alfândega, no Porto do Capim, que vai abrigar o Centro de Cultura Popular da capital. Representantes das três instituições se reuniram na última sexta-feira (9) para fechar detalhes da reconstrução do prédio.

A ordem de serviço já foi liberada e os recursos são do próprio Iphan. Na primeira etapa das obras, o investimento será de R$ 450 mil e a reforma deve ter início nos próximos dias. “A licitação já foi feita e a empresa escolhida. O único entrave para a execução do serviço é a ocupação indevida do local por duas marcenarias. Logo que isso for resolvido, começaremos o serviço”, explicou a superintendente regional do Iphan, Eliane de Castro.

A reconstrução do prédio do complexo da antiga Alfândega, na Rua Visconde de Inhaúma, faz parte de um projeto maior que visa a revitalização de toda a área conhecida como Porto do Capim, local de fundação de João Pessoa. O edifício está localizado na Cidade Baixa do Centro Histórico da capital paraibana, que foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro no ano passado. A ação do Iphan integra o rol de compromissos das instituições parceiras da Cooperação Brasil-Espanha para a revitalização integral do Centro Histórico de João Pessoa.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Argentina: descoberto galeão espanhol do século 18












Os restos de um galeão espanhol do século XVIII foram encontrados no bairro de Puerto Madero, no porto de Buenos Aires, por um grupo de operários que trabalhavam em uma construção na área, informou nesta terça-feira a prefeitura da capital argentina.

"Acreditamos que se trata de um galeão espanhol do século XVIII. Apareceram até agora vários canhões, um par de vasos, que estimamos terem sido usados para o transporte de azeite de oliva, e pedaços de madeira da embarcação", indicou à imprensa o arquiteto Gonzalo Valenzuela.

Sobre a possibilidade de que moedas e outros objetos de valor sejam encontrados entre os restos do navio, o arqueólogo do governo da cidade de Buenos Aires explicou que o barco afundou muito perto da costa, e por isso muitas pessoas tiveram acesso aos destroços na época e podem ter saqueado os tesouros.