terça-feira, 21 de outubro de 2008

História das sociedades pré-colombianas é estudada por grupo que reúne pesquisadores do MAE e da FFLCH









Mostrar que a história da América Latina não começa apenas com a chegada dos europeus no século XVII e promover a aproximação entre pesquisadores e professores que também se dedicam ao estudo dos povos pré-hispânicos foram algumas das diretrizes que nortearam, em 2001, a criação do Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos (Cema) da USP. Formado basicamente por pesquisadores do MAE e do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), o Cema tem como foco o estudo das populações nativas da América Latina, particularmente do período anterior a chegada dos primeiros colonizadores europeus e o início do período colonial.

domingo, 5 de outubro de 2008

Xingu tinha comunidade pré-histórica urbana e sofisticada










Vestígios de uma habitação queimada na região do Alto Xingu


Cultura que existiu há 1.500 anos era urbana e bastante sofisticada, se organizando em diversos assentamentos


WASHINGTON - Rodovias e canais conectavam cidades e vilas. As comunidades eram distribuídas ao redor de praças. Nas proximidades, pequenos assentamentos se concentravam na agricultura e pesca. O local: as selvas do Brasil. O tempo: séculos antes de os europeus chegarem às Américas.
Há cerca de 1.500 anos, uma cultura essencialmente urbana existiu no que é agora uma selva habitada por tribos esparsas, disseram pesquisadores em um artigo publicado na revista Science.
Eles não eram tão sofisticados quanto culturas bem conhecidas como os maias e os astecas, mas sua cultura era muito mais complexa do que pensavam os antropólogos.
A descoberta "exige que se repense como realmente foi o urbanismo no local, em diversas formas variantes", disse Michael J. Heckenberger, da Universidade da Flórida, autor principal do estudo.
Heckenberger e seus colegas reportaram pela primeira vez evidências da cultura - que ele chama de Xingu, como o rio local - em 2003 e agora descobriram mais detalhes da comunidade antiga.
Os pesquisadores encontraram evidências de 28 locais residenciais pré-históricos. A colonização começou há cerca de 1.500 anos e as vilas estudadas foram datadas entre 750 e 450 anos atrás. A população local diminuiu drasticamente depois que os europeus chegaram ao local.

Pirâmide asteca é encontrada em favela no México

Arqueólogos mexicanos acreditam ter encontrado parte de uma pirâmide asteca no meio de um dos mais violentos distritos da Cidade do México. A descoberta foi feita em junho, quando trabalhadores da construção civil trabalhavam no bairro de Iztapalapa.
Os pesquisadores acreditam que o local, conhecido por ser uma região pobre, violenta e de tráfico de drogas, acabou crescendo sem controle e escondendo as ruínas. "Nós tínhamos uma idéia geral do local, mas não podíamos explorá-lo por ser uma área urbana", disse o arqueólogo Jesus Sanchez.
Sanchez espera que a principal pirâmide da cidade esteja logo abaixo da praça e do jardim centrais do bairro. Ele e sua equipe passarão mais de um ano investigando antes de decidir pela escavação.
Acredita-se que as ruínas de Iztapalapa tenham sido destruídas pelo conquistador espanhol Hernán Cortês, em 1520. Na época, o governo asteca foi aniquilado pelas tropas espanholas em um evento que acabou conhecido por "Noite Triste". Depois dessa vitória, o conquistador espanhol destruiu a cidade.
A Cidade do México tem ruínas pré-hispânicas espalhadas por toda sua área. Em outubro, arqueólogos encontraram um altar asteca do século XV no meio da praça Zocalo, localizada no centro da capital mexicana.

Reuters

sábado, 4 de outubro de 2008

Pesquisadores da UEPB descobrem e escavam sítio arqueológico na Paraíba


Entre os dias 2 e 6 de agosto, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual escavou o primeiro sítio-acampamento da Paraíba. Trata-se do sítio arqueológico Cabaças I, no município de Cuité. Os inúmeros vestígios arqueológicos estão dispostos em uma extensa elevação com 7,41 acres de área, evidenciando um pouso prolongado de grupos, possivelmente históricos, na área.
Os trabalhos tiveram a coordenação do arqueólogo, historiador e professor da UEPB, Juvandi Santos e a participação do arqueólogo Onésimo Santos, dos membros da Sociedade Paraibana de Arqueologia, Thomas Bruno Oliveira e Dennis Mota, do acadêmico de biologia, Allysson Allan, e do acadêmico de História, Eraldo Maciel.
As pesquisas que estão sendo encampadas pela UEPB têm revolucionado os estudos pré-históricos e históricos no Estado, o que vem sendo motivo de várias publicações científicas e eventos diretamente relacionados à temática, que contribuem para o conhecimento do passado da humanidade, através de seus vestígios materiais.

Encontrada tumba de 5,5 mil anos no Sudão















Arqueólogos franceses encontraram uma tumba com cerca de 5,5 mil anos que seria uma antiga evidência de um sacrifício humano na África, informa a agência AFP nesta sexta-feira. A descoberta foi considerada como a maior do período Neolítico no continente há 20 anos.
Na tumba, haviam um homem enterrado com outros três indivíduos ao seu redor, além de dois cães e estranhas cerâmicas, na localidade de El Kadada, ao norte da capital do Sudão, Khartoum.
O pesquisador Jacques Reinhold, que participou das escavações por vários meses junto com a mulher, afirmou que a tumba é a descoberta mais importante do período Neolítico na África, desde 1990.

Achados sarcófagos de madeira do século VI a.C.














Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu uma série de sarcófagos de madeira originais do século VI a.C., que pertencem a sacerdotes e funcionários daquela época, perto da priâmide de Unas, na região arqueológica de Saqqara, próxima ao Cairo.
O Conselho Supremo de Antigüidades egípcio divulgou uma foto que mostra os restos de um sarcófago pintado da 19ª dinastia pertencente a Mai, um funcionário do Ministério da Justiça durante o reinado de Ramsés II, que foi de 1279 a.C a 1213 a.C.
O departamento de antiguidades da Universidade do Cairo, responsável pelas escavações, também encontrou vasilhas coloridas que contêm vísceras humanas.

Achada cabeça de estátua de granito de Ramsés II














Arqueólogos egípcios descobriram uma cabeça de granito pertencente a uma estátua de Ramsés II no Delta do Nilo, informou em comunicado nesta quarta-feira o Conselho Superior de Antiguidades (CSA).
A peça foi encontrada em um sítio arqueológico em Tell Basta, na província de Sharquiya, e estava enterrada a 1,5 metro de profundidade, afirmou o ministro da Cultura do Egito, Farouk Hosni, na nota.
Hosni também afirmou que os arqueólogos egípcios encontraram a cabeça quando realizavam escavações na região. "Os estudos iniciais demonstram que a cabeça da estátua pertence ao rei Ramsés II, tem traços definidos e o nariz e o queixo estão quebrados", declarou Hosni.

Tesouro de navio afundado do séc. XVI é achado

Uma equipe internacional de arqueólogos trabalha em tempo integral, nas proximidades da costa da Namíbia, na África, para resgatar os restos do que parece ser um barco português naufragado no século XVI.
Do naufrágio - descoberto durante a dragagem de uma zona rica em diamantes - restou um carregamento de balas de canhão, pedaços de madeira do casco com gravações de imagens de espadas. Entre os objetos que estavam nos destroços, moedas de ouro e prata, barras de cobre e presas de elefante.
O diretor do projeto de escavação, Weber Ndoro, descreveu o achado como "o descobrimento arqueológico mais interessante dos últimos 100anos na África".
"Este é talvez o mais importante achado, em termos de artefatos perdidos, em um naufrágio nesta parte do mundo", disse Ndoro.

Grécia acha cálice e espada de ouro de 3,2 mil anos














O Ministério da Cultura da Grécia descobriu em uma sepultura antiga dois objetos que teriam sido utilizados há cerca de 3,2 mil anos pela civilização micênica, que habitou o país por volta de 1580 e 1100 a.C., informa a agência AFP. As peças são um cálice de vinho de ouro e uma espada de bronze com a bainha feita de ouro.
Segundo os pesquisadores, testes mostraram que a espada havia sido importada da península itálica, confirmando que os micênios mantinham relações comerciais com outros povos do Mediterrâneo.