sábado, 17 de outubro de 2009
Museu alemão que abriga rosto de Nefertiti reabre suas portas
Por sete décadas, o Neues Museum (Novo Museu) de Berlim foi uma casca abandonada, marcada por bombas. Mas ele finalmente está de volta, contendo um acervo estelar que inclui um busto de 3.400 anos da rainha egípcia Nefertiti. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, inaugurou oficialmente o museu reformado na sexta-feira.
Foi um dia que levou décadas para chegar. Uma das joias do complexo Ilha dos Museus de Berlim finalmente reabrirá suas portas. A reabertura do Neues Museum na sexta-feira significa que todo o conjunto de galerias neoclássicas de Berlim estará aberto pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
"É um dia especial... 70 anos após seu fechamento, este prédio será entregue ao público de novo", disse Hermann Parzinger, o chefe da Fundação da Herança Cultural Prussiana, que supervisiona os museus de Berlim, aos jornalistas antes da abertura das galerias, que abrigarão o Museu Egípcio e o Museu da Pré-História e Civilizações Antigas. "É, de certa forma, o fim da era do pós-guerra para a Ilha dos Museus."
A estrela da exposição será o busto de calcário e gesso de Nefertiti, que está na Alemanha desde 1913. Refletindo seu status no mundo da história da arte, o belo objeto residirá sozinho em uma sala com teto em domo com vista para a extensão do museu.
O museu está fechado desde o início da guerra em 1939, quando seu acervo foi levado para um depósito. Situado na antiga Alemanha Oriental, ele foi abandonado em seu estado destruído pela guerra por falta de fundos. Nefertiti e milhares de outros itens agora foram devolvidos ao seu antigo lar pela primeira vez.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Arqueólogos britânicos encontram outro Stonehenge
Um grupo de arqueólogos britânicos descobriu os restos de um segundo Stonehenge a poucos quilômetros do monumento megalítico original, no condado de Wiltshire, ao sudoeste da Inglaterra. A revelação de uma equipe de especialistas de várias universidades do Reino Unido confirma que a famosa construção da Idade de Bronze (2,5 mil a.C.) fazia parte de um complexo maior, possivelmente, utilizado para acolher rituais.
Estudos preliminares indicam que a descoberta pode ser, inclusive, mais antiga que a primeira e foi batizada de Blue Stonehenge, pela cor da pedra, que contém quartzo na composição originária das montanhas do País de Gales (cerca de 240 km), explicou um dos diretores das escavações, Julian Thomas. "A construção seria similar ao Stonehenge, embora menor. A obra tem relação com outros restos arqueológicos descobertos nos últimos anos, como a vila neolítica de Durrington Walls em 2005", assinalou o professor da Universidade de Manchester.
Acredita-se que o Blue Stonehenge, do qual restam nove buracos e algumas fundações (além de objetos arqueológicos como pontas de lança), está situado no extremo de uma grande avenida erguida no período neolítico e que teria levado à construção do Stonehenge, ao longo do leito do rio Avon. O Blue Stonehenge é um conjunto circular formado por cerca de 25 pedras com diâmetro de 10 m, cercada por um fosso, com um desenho parecido ao do monumento principal, cujo diâmetro é de 30 m e é composto por quatro circunferências concêntricas.
domingo, 4 de outubro de 2009
Duas obras homenageiam tesouros arquitetônicos da Bahia e do Brasil
Lançamento de livros do Programa Monumenta/Iphan valorizam o restauro do patrimônio histórico e traçam um roteiro original da capital baiana
A beleza do mais antigo templo barroco brasileiro e a imponência das fortalezas da cidade de Salvador são os temas dos dois livros lançados pelo Programa Monumenta, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan.
O livro O Convento Franciscano de Cairu – Restauração de elementos artísticos registra todo o trabalho de restauração que José Dirson Argolo e sua equipe realizaram no monumento da pequena cidade de Cairu, localizada no litoral baiano, entre Salvador e Ilhéus. Dedicado a Santo Antônio, o convento foi construído no século XVII e destaca-se tanto na paisagem litorânea da cidade quanto na história da arquitetura brasileira. É considerado por muitos estudiosos, inclusive Germain Bazin, a primeira construção brasileira em estilo barroco. Para os historiadores, trata-se de uma verdadeira invenção brasileira, que servirá de modelo para diversas construções religiosas no país, como os Conventos de Santo Antônio em João Pessoa (PB) e Recife (PE).
Já As fortalezas e a defesa de Salvador, de Mauro Mendonça de Oliveira, é o quarto título da coleção também bilíngue (português e inglês) Roteiros do Patrimônio, que já publicou O Aleijadinho e o Santuário de Congonhas, Art nouveau em Belém e Barroco e rococó nas igrejas do Rio de Janeiro.baiana, as imponentes construções militares ajudam a desenhar a paisagem da cidade e também a contar sua história.
O roteiro traçado por Oliveira ordena as construções de maneira cronológica. No capítulo dedicado ao período que vai do fim do século XVI à invasão holandesa, o autor cita a Torre de Santo Alberto, o Forte de Santo Antônio da Barra e os fortins de Monserrate e da Lagartixa. Em seguida, lista as fortificações construídas depois de 1625, como as defesas do Porto da Barra e o Forte do Mar – como é mais conhecido o Forte de Nossa Senhora do Pópulo e São Marcelo. O último capítulo lista as mais recentes edificações, datadas do século XVIII: os fortes de São Pedro, de Santo Antônio Além-do-Carmo e da Jaquitaia, além da Bateria de São Paulo da Gamboa. O professor lembra ainda das fortalezas que já não existem mais atualmente, mas que foram vitais em diversos momentos da história brasileira.
Assinar:
Postagens (Atom)