quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Alemanha descobre estátua romana de 2 mil anos
Arqueólogos alemães descobriram nesta quinta-feira uma cabeça de cavalo de bronze e ouro perto de Waldgirmes.
Arqueólogos alemães descobriram nesta quinta-feira uma cabeça de cavalo de bronze e ouro que acreditam ser um vestígio de uma estátua romana de 2 mil anos.
Uma equipe de escavações em uma antiga cidade romana perto de Waldgirmes, no centro da Alemanha, encontrou a cabeça junto ao pé de um cavaleiro no dia 12 de agosto. "Esta escultura de bronze está entre as melhores peças já encontradas na área do antigo Império Romano", disse Eva Kuehne-Hoermann, ministra de Estado para Ciência em Hesse, durante o anúncio em Frankfurt.
Especialistas dizem que a estátua data de 3 ou 4 a.C. quando o posto romano perto de Waldgirmes foi estabelecido, e provavelmente representa o imperador Augustus. Após derrotar os romanos na batalha de Teutoburg em 9 d.C., tribos alemãs destruíram a estátua e enterraram a cabeça, afirmaram arqueólogos.
"Em nenhum outro lugar há uma descoberta desta forma ou qualidade", disse Kuehne-Hoermann. A rédea do cavalo é ornamentada com imagens de Marte, Deus da guerra, e Victoria, que personifica vitória.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Cema pesquisa história e arqueologia dos povos indígenas da América Central e dos Andes
Rodolfo Blancato / USP Online
Na América Central e nos Andes surgiram as mais grandiosas civilizações da América Pré-Colombiana. Incas, Maias e Astecas são apenas alguns dos povos que habitaram esses locais, que até hoje possuem uma forte herança cultural indígena.
A academia brasileira nunca foi das mais atentas em relação ao tema. A USP não era exceção - a realidade na Universidade começou a mudar em 2002, com a criação do Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos (Cema).
O centro está alocado no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Mas seus membros fazem questão de enfatizar que não se trata de um centro de estudos históricos apenas, mas, principalmente, de característica multidisciplinar. “A nossa preocupação é a questão da América indígena, de forma a não traçar fronteiras, nem cronológicas e nem regionais. A gente trabalha com esse mundo indígena, no sentido mais amplo”, explica Marcia Maria Arcuri, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP e uma das fundadoras do centro.
Na América Central e nos Andes surgiram as mais grandiosas civilizações da América Pré-Colombiana. Incas, Maias e Astecas são apenas alguns dos povos que habitaram esses locais, que até hoje possuem uma forte herança cultural indígena.
A academia brasileira nunca foi das mais atentas em relação ao tema. A USP não era exceção - a realidade na Universidade começou a mudar em 2002, com a criação do Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos (Cema).
O centro está alocado no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Mas seus membros fazem questão de enfatizar que não se trata de um centro de estudos históricos apenas, mas, principalmente, de característica multidisciplinar. “A nossa preocupação é a questão da América indígena, de forma a não traçar fronteiras, nem cronológicas e nem regionais. A gente trabalha com esse mundo indígena, no sentido mais amplo”, explica Marcia Maria Arcuri, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP e uma das fundadoras do centro.
Exibição no MAE usa objetos para contar relatos da sociedade
Júlio Bernardes, especial para o USP Online
O Museu de Arqueologia e Etnologia da USP abre na quarta-feira (19) a exposição “Fragmentos de Memória”. Na mostra, os visitantes não verão apenas pequenos objetos de uso pessoal. Atrás de cada peça é contada uma história de vida, resgatando a trajetória de homens, mulheres e famílias. A exposição, resultado de três meses de uma oficina com 18 participantes, demonstra que a terceira idade ainda tem muito a contribuir para a sociedade.
A mostra é uma síntese da oficina Arqueologia e Memória, voltada para o público de terceira idade. No primeiro semestre deste ano, em reuniões semanais, foram discutidas questões relacionadas a arqueologia, memória, museus e patrimônio cultural. “Os participantes são convidados a trazer objetos pessoais que considerem significativos”, conta a educadora Judith Mader Elazari, coordenadora do projeto. “A partir deles é contextualizada a história de vida de cada um”.
A abertura da exposição "Fragmentos de Memória” acontece no dia 19, às 14 horas, no MAE (Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitária, São Paulo). A visitação é gratuita e pode ser feita entre os dias 20 e 23, das 10 horas ao meio-dia e das 14 às 16 horas. A oficina e a mostra foram realizadas pela Divisão de Difusão Cultural e Serviço Técnico de Musealização do MAE, e fazem parte do programa “Universidade Aberta à Terceira Idade”, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Limite norte da conquista lusitana das terras americanas em 1585.
Detalhe de Mapa holandês que mostra o território da Parahyba nas primeiras décadas do século XVII e indica a importância da presença de aldeamentos de indígenas aliados nos primeiros tempos de instalação colonial na Capitania.
Por volta de 1585, as conquistas portuguesas nas terras americanas ainda eram bastante precárias e se limitavam a pequenos territórios em torno das primeiras vilas e cidades, pontuadas ao longo do vasto litoral. Da Vila de São Vicente, no extremo-sul, à Vila de Olinda, no extremo-norte, mal chegava a uma vintena o número de povoações lusitanas dispersas (quase todas Vilas das Capitanias Donatariais e duas Cidades de Capitanias Reais, Salvador, sede do Governo-Geral desde 1549 e Rio de Janeiro, em 1565), erigidas nas proximidades de aldeias de índios aliados, essenciais para garantir força de trabalho, gêneros de abastecimento e a defesa dessas povoações contra outros inimigos indígenas ou europeus. Os engenhos e canaviais que se estendiam ao norte de Olinda eram freqüentemente focos de desentendimentos entre portugueses e índios, pela penetração desses primeiros nas terras indígenas. Não raramente esses desentendimentos chegavam a lutas armadas, escravização e massacres. Decididos a impedir o tráfico de pau-brasil entre os franceses e potiguara no rio Parahyba e na Baía da Traição, os portugueses definiram a criação de uma nova Capitania Real, desmembrada da Capitania de Itamaracá. Depois de cerca de uma década de intensa guerra na região, em 05 de Agosto de 1585, dia de Nossa Senhora das Neves, os portugueses conseguiram celebrar um tratado de paz com o cacique tabajara Piragibe, adversário dos potiguara, que foi essencial para a defesa dessa nova conquista. A pequena povoação logo mais tornou-se uma Cidade, sendo essa data da paz definida como sua Padroeira e Fundação. Cônscio da importância das alianças indígenas para a defesa da nova conquista o autor coevo e anônimo do Summario das armadas que se-fizeram, e guerras que se-deram na conquista do rio Parahyba... por um da Companhia de Jesus relatou: “porque o verdadeiro sangue, e substancia de se-povoar, e sustentar o Brasil, é com o mesmo gentio da terra, ganhado por amisade, que sem elle não nos-valeremos nunca contra os outros”.
Ângelo Emílio da Silva Pessoa
Governo do Estado tomba Parque Aza Branca e antiga casa de Januário
Débora Duque
Os locais que abrigam grande parte da história de Luiz Gonzaga do Nascimento, o pernambucano que fez o Brasil conhecer o cotidiano do povo nordestino, estão agora sob os cuidados do poder público. Isso porque o Parque Aza Branca e a casa do seu pai, Januário, em Exu – cidade natal do Rei do Baião – foram tombados, na última sexta-feira, por meio de aprovação unânime do Conselho Estadual de Cultura e posterior homologação do Governo do Estado.
A ação de tombamento, iniciada em julho de 2007, contempla os 3,7 hectares do parque, que abriga o Museu do Gonzagão e da Casa de Luiz Gonzaga, e a antiga casa onde viveu seu pai, localizada na Vila da Fazenda Araripe. Com o tombamento definitivo, ambos os locais começam a receber intervenções da Fundarpe.
Até a concretização do processo de tombamento, a equipe da Fundarpe realizou, durante dois anos, pesquisas históricas e exames técnicos nos espaços, com o objetivo de identificar e atestar a relevância cultural destes locais para Pernambuco e para o país. Além disso, profissionais da Fundação estiveram em Exu realizando um levantamento do acervo de Luiz Gonzaga bem como um diagnóstico da situação dos imóveis que compõem o Parque Aza Branca.
Além do Museu do Gonzagão e da Casa de Luiz Gonzaga, o parque abriga também outras instalações, como o Ponto de Cultura Alegria Pé-de-Serra, o mausoléu de Gonzagão (onde se encontram os restos mortais do Rei do Baião), dois palcos para eventos e ainda duas pousadas, denominadas Santana e Januário – em homenagem a sua mãe e a seu pai. Abrigando um cenário típico do Sertão pernambucano, o parque conta ainda com um viveiro de pássaros da espécie asa branca, além de juazeiros e cactáceos distribuídos por todo o local.
Já a antiga Casa de Januário é o mais antigo testemunho da vida do Rei do Baião. Situada na vila da Fazenda Araripe, a casa, feita de taipa, guarda as lembranças do tempo em que Luiz Gonzaga partiu da cidade, retornando apenas em 1946. Foi justamente o reencontro com o seu pai que originou a música Respeita Januário.
Igreja do sec. XVIII tombada pelo Iepha/MG é devolvida a comunidade
A pequena Lobo Leite, distrito de Congonhas do Campo, está em festa. Depois de dois anos e meio, a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais (SEC), entrega à comunidade a obra de restauração da Igreja de Nossa Senhora da Soledade.
Construída no século XVIII e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), a igreja foi restaurada pela Fundação de Arte de Ouro Preto, por meio de parceria celebrada com a Gerdau/Açominas, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Durante dois anos e meio, os técnicos do ateliê de prestação de serviços da Faop trabalharam no processo de restauração dos elementos estruturais e artísticos que compõe a Igreja de Nossa Senhora da Soledade.
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