Parte do casco, que tinha aproximadamente 10 metros.
Funcionários que trabalham na escavação no local onde havia o World Trade Center, em Nova York, descobriram o casco de uma embarcação de 9,75 metros de comprimento, o qual se acredita seja do século XVIII.
O navio foi usado, provavelmente, assim como outros detritos como parte de um aterro para aumentar a ilha de Manhattan sobre o rio Hudson, disseram os arqueólogos.
Os arqueólogos Molly McDonald e Michael A. Pappalardo estavam no local quando os trabalhadores descobriram os artefatos. "Nós percebemos as madeiras trabalhadas em curvas retiradas pela escavadeira", disse Mcdonald, na quarta-feira (14/07). "Nós encontramos rapidamente a balizas do navio e começamos o processo de limpeza que durou dois dias até que o casco pudesse ser visto completamente."
O dois arqueólogos trabalham para a AKRF, empresa contratada para documentar os artefatos descobertos no local. Eles afirmaram que a descoberta de terça-feira (13/07) foi de um valor significativo, mas que ainda é necessário fazer um estudo mais aprofundado para determinar a idade do navio.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar... e da bola.
Restituição da Bahia ao Rei Filipe III, de Espanha, e II de Portugal. Óleo de Juan Bautista Maino.
“Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar
o mar é das gaivotas que nele sabem voar”
Milton Nascimento e Leila Diniz (1980)
A decisão da 19ª Copa do Mundo de futebol, que coloca à frente Espanha e Holanda, reedita, num plano simbólico, uma antiga rivalidade que marcou o cenário de um mundo em processo de globalização entre finais do século XVI e primeiras décadas do XVII.
Àquela época, depois das expedições marítimas portuguesas e espanholas que, desde o século XV, possibilitaram a construção dos primeiros impérios coloniais da era moderna, França, Inglaterra e Holanda passaram a disputar a primazia dessas conquistas, o que levou à realização das primeiras grandes guerras em escala mundial. Os conflitos europeus passaram a ser disputados não apenas no solo daquele continente, mas em distantes terras da África, Ásia e América.
No caso holandês, os territórios que compunham as terras baixas ao norte da Europa, marcados pela grande importância comercial e marítima, estavam ligados ao vasto império de Carlos V e Filipe II, que englobava a Espanha, a Alemanha e Portugal (depois da União Ibérica em 1580). Com a difusão do sentimento de independência das províncias unidas dos países baixos (sob a liderança holandesa), associada à expansão do protestantismo naquela região, as lutas pela independência da região uniram razões de ordem política, econômica e religiosa, que prolongaram o conflito durante décadas.
Independentes, as Províncias Unidas dos Países Baixos passaram a atacar possessões coloniais espanholas e portuguesas na Ásia, América e África, travando batalhas em terras longínquas banhadas pelo Atlântico, Índico e Pacífico. Nesses conflitos, os Países Baixos constituíram duas fortes companhias comerciais, a das Índias Orientais e das Índias Ocidentais, que desempenharam papéis estratégicos na construção de um poderoso império colonial e num forte poder marítimo.
Batalha Naval do Cabo Branco. Franz Post.
Essas disputas entre Holanda e Espanha pelos direitos do mar, repercutiram em terras distantes de outros continentes. Batalhas terrestres e navais se realizaram com grande intensidade. Entre 12 e 17 de janeiro de 1640, vários combates navais foram travados entre as armadas holandesa e luso-espanhola nas costas entre Itamaracá e o Rio Grande do Norte. No dia 13, o combate naval do Cabo Branco mobilizou dezenas de embarcações e ficou registrado pelo pintor holandês Franz Post. Hoje a batalha é travada em outras plagas e em outros campos, bem menos violentos que os que levaram Holanda e Espanha a brigarem pelos direitos do mar no longínquo século XVII.
“Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar
o mar é das gaivotas que nele sabem voar”
Milton Nascimento e Leila Diniz (1980)
A decisão da 19ª Copa do Mundo de futebol, que coloca à frente Espanha e Holanda, reedita, num plano simbólico, uma antiga rivalidade que marcou o cenário de um mundo em processo de globalização entre finais do século XVI e primeiras décadas do XVII.
Àquela época, depois das expedições marítimas portuguesas e espanholas que, desde o século XV, possibilitaram a construção dos primeiros impérios coloniais da era moderna, França, Inglaterra e Holanda passaram a disputar a primazia dessas conquistas, o que levou à realização das primeiras grandes guerras em escala mundial. Os conflitos europeus passaram a ser disputados não apenas no solo daquele continente, mas em distantes terras da África, Ásia e América.
No caso holandês, os territórios que compunham as terras baixas ao norte da Europa, marcados pela grande importância comercial e marítima, estavam ligados ao vasto império de Carlos V e Filipe II, que englobava a Espanha, a Alemanha e Portugal (depois da União Ibérica em 1580). Com a difusão do sentimento de independência das províncias unidas dos países baixos (sob a liderança holandesa), associada à expansão do protestantismo naquela região, as lutas pela independência da região uniram razões de ordem política, econômica e religiosa, que prolongaram o conflito durante décadas.
Independentes, as Províncias Unidas dos Países Baixos passaram a atacar possessões coloniais espanholas e portuguesas na Ásia, América e África, travando batalhas em terras longínquas banhadas pelo Atlântico, Índico e Pacífico. Nesses conflitos, os Países Baixos constituíram duas fortes companhias comerciais, a das Índias Orientais e das Índias Ocidentais, que desempenharam papéis estratégicos na construção de um poderoso império colonial e num forte poder marítimo.
Batalha Naval do Cabo Branco. Franz Post.
Essas disputas entre Holanda e Espanha pelos direitos do mar, repercutiram em terras distantes de outros continentes. Batalhas terrestres e navais se realizaram com grande intensidade. Entre 12 e 17 de janeiro de 1640, vários combates navais foram travados entre as armadas holandesa e luso-espanhola nas costas entre Itamaracá e o Rio Grande do Norte. No dia 13, o combate naval do Cabo Branco mobilizou dezenas de embarcações e ficou registrado pelo pintor holandês Franz Post. Hoje a batalha é travada em outras plagas e em outros campos, bem menos violentos que os que levaram Holanda e Espanha a brigarem pelos direitos do mar no longínquo século XVII.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Descoberta tumba que conserva cores vivas após 4 mil anos no Egito
cores luminosas com as quais a "porta falsa" da tumba de Jonso está pintada
Como se tivessem sido pintados ontem, assim podem ser descritas as cores da tumba construída há 4,2 mil anos no sítio arqueológico de Saqara, 25 quilômetros ao sul do Cairo e apresentado pelo chefe do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, Zahi Hawas.
"São as cores mais incríveis jamais encontradas em uma tumba", disse Hawas aos jornalistas, que sob o forte sol de julho tentavam tomar nota das antiguidades encontradas e das explicações do egiptólogo mais famoso do país.
Para chegar a tumba, que na realidade são duas, é preciso percorrer vários quilômetros por uma inóspita pista de areia, de onde é possível ver a pirâmide escalonada do faraó Zoser.
Na cripta descansam os restos de dois altos funcionários da V dinastia faraônica (2500-2350 a.C): Sin Dua, sepultado na sala principal do túmulo, e seu filho Jonso, cujos restos foram depositados em uma sala adjacente à de seu pai.
Estes sepulcros "fazem parte de um enorme cemitério descoberto recentemente na área de Saqara por uma missão arqueológica egípcia que trabalha na região desde 1988", explicou Hawas.
Esta necrópole, da qual não se tinha notícia, como comentou Hawas, se encontra dentro do complexo arqueológico de Saqara, em uma área conhecida como "Yiser al Mudir" e na qual o arqueólogo egípcio espera realizar muitas descobertas.
Como se tivessem sido pintados ontem, assim podem ser descritas as cores da tumba construída há 4,2 mil anos no sítio arqueológico de Saqara, 25 quilômetros ao sul do Cairo e apresentado pelo chefe do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, Zahi Hawas.
"São as cores mais incríveis jamais encontradas em uma tumba", disse Hawas aos jornalistas, que sob o forte sol de julho tentavam tomar nota das antiguidades encontradas e das explicações do egiptólogo mais famoso do país.
Para chegar a tumba, que na realidade são duas, é preciso percorrer vários quilômetros por uma inóspita pista de areia, de onde é possível ver a pirâmide escalonada do faraó Zoser.
Na cripta descansam os restos de dois altos funcionários da V dinastia faraônica (2500-2350 a.C): Sin Dua, sepultado na sala principal do túmulo, e seu filho Jonso, cujos restos foram depositados em uma sala adjacente à de seu pai.
Estes sepulcros "fazem parte de um enorme cemitério descoberto recentemente na área de Saqara por uma missão arqueológica egípcia que trabalha na região desde 1988", explicou Hawas.
Esta necrópole, da qual não se tinha notícia, como comentou Hawas, se encontra dentro do complexo arqueológico de Saqara, em uma área conhecida como "Yiser al Mudir" e na qual o arqueólogo egípcio espera realizar muitas descobertas.
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